Nem sempre o candidato bonzinho ganha eleição
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Quarta-feira | 03 de Setembro de 2014
Nem sempre o candidato bonzinho ganha eleição

BEM PENSADO Se Juvêncio Cesar da Fonseca adorou, Levy Dias chegou às lagrimas com iniciativa inédita do prefeito Gilmar Olarte em homenagear ex-prefeitos da nossa capital. Como se diz: quem é que não gosta de ser lembrado nesta vida?
ATITUDES como essa agregam e desarmam os eventuais preconceitos contrários ao atual prefeito. Evidente, dificuldades existem, mas Olarte já reverteu o quadro da fase inicial da sua administração, onde o ceticismo era maioria na opinião pública. 
NA POLÍTICA nem sempre a competência e tradição garantem o sucesso. Às vezes o fator sorte antecipa etapas, abre portas. No caso, Olarte se articulou bem para garantir a governabilidade e ocupar espaço no atual cenário - de olho na reeleição inclusive. 
TRADIÇÃO na política tem o lado negativo: o exercício contínuo do poder acaba sedimentando o desgaste e cria ambiente para novos personagens. Lembro: nesta sua meteórica trajetória Olarte não construiu grandes inimigos. E isso conta. 
REELEIÇÃO A posição de Marina Silva pela sua extinção obrigará seus concorrentes a se manifestarem sobre o tema. Ora! O modelo quebra o princípio da igualdade entre os candidatos; quem tem a chave da administração leva vantagem e a máquina geme.
DIFÍCIL mesmo será aprovar seu fim na sonhada reforma política como remédio contra esse sistema promíscuo, falido e corrupto, co-responsável pelas mazelas do país. Estimulando esse debate entre os candidatos começaremos abrir essa janela. 
OPINIÕES não faltam sobre Marina Silva. Diz Alberto Goldman: “Ninguém duvida da sua integridade moral, mas ela começará sem nada. E se ganhar, como irá governar? Não basta parecer uma santa, imagem de Madre Tereza de Calcutá”. 
MARINA: Apresenta-se como a Joana d’Arc e sua figura anêmica, frágil é protegida pela couraça da ética/honestidade. Seu desempenho no Jornal Nacional e nas pesquisas colocou-a na raia da 3ª. via, apesar da tese de que seria apenas uma bolha emocional. 
‘MUDANÇA’ É mote da maioria das candidaturas em todos os níveis, quando deveria ser da competência. Mas o que tem mudando ultimamente? Daí o sucesso do bordão do Tiririca “Pior do que está não fica”, que lhe garantiu 1,1 milhão de votos.
PERGUNTAS no saguão da AL: O fator Marina ajudará ou prejudicará Nelsinho em que percentual? A caída de Aécio nas pesquisas refletirá em Azambuja? Já Delcídio – conservará a estratégia da campanha focada mais nos temas locais?
CENÁRIO Já há dúvidas se a vinda de Lula e Dilma (em queda) para apoiar Delcídio seria benéfica. Se o desgaste físico de Lula é visível em seu semblante, não empolgando tanto como antes, Dilma continua carente de simpatia e carisma pessoal. 
NELSINHO Após o encontro com Marina deve redirecionar o discurso para sedimentar o apoio de fatia maior do eleitorado evangélico. A questão é: esse fato novo e a vinda de Marina à nossa capital inclusive, turbinarão de vez o desempenho do candidato?
CRÍTICAS Se não podem ser exageradas, também não podem faltar nos discursos dos candidatos. Essa história de ‘campanha propositiva’ nem sempre funciona, como mostra o desempenho decepcionante de Aécio Neves nas pesquisas até aqui. 
OPOSIÇÃO tem que ter cara e discurso de oposição, sob pena de ser confundida com quem está no poder. Oposição deve passar o sentimento de indignação com veemência. E sinceramente não vejo isso na campanha tucana que, aliás, não levanta voo. 
PESSOALIDADE Esse fator pesa nas disputas regionais. Exemplo vem de Minas Gerais, onde o tucano Pimenta da Veiga está perdendo a disputa para o Fernando Pimentel, do PT e gerando inclusive um clima de desconforto na campanha de Aécio. 
E MAIS... O ex-ministro Padilha tem apenas 5% dos votos nas pesquisas em São Paulo;  Lindemberg Farias (PT) perde feio para Garotinho no Rio; no Paraná a ex-ministra Gleise Hoffman só tem 14% nas pesquisas, atrás de Requião e Beto Richa. 
PROJEÇÕES Pelas pesquisas do Ibrape/Fiems (14/08/2014) haverá 2º turno no MS. O que se discute: dependendo de fatos novos ao longo da campanha e de mudanças na corrida presidencial, ‘para onde iriam os votos do candidato que ficar de fora’?  
AS CONTAS O universo atual de 15% entre votos nulos (4%), indecisos (7%), Monge (1%), Sidney (1%) e Vendramini (2%) deve ser melhor analisado e interpretado, Afinal num eventual 2º turno, quem seria mais beneficiado com esses votos?  
LEMBRANDO...  A tendência é que aquele eleitor que anulou o voto no 1ª turno acabe repetindo a opção no 2º turno por simples coerência. Quanto aos eleitores de Sidnei e Monge, é possível que a maioria deles decidam pela mesma opção no 2º turno. 
VALTER PEREIRA Não esconde a satisfação com o desempenho de seu filho Beto Pereira na campanha para a AL. O ex-senador admite: os tempos são outros, além da experiência como prefeito de Terenos, conta muito o estilo ‘light’ dele.  
FOCADO Na busca do 3º mandato o deputado Márcio Fernandes é a locomotiva na coligação de seu partido (PT do B), como mostram as pesquisas. É uma formiguinha presente nos segmentos que envolvem o agronegócio. Aprendeu o caminho. 
DOURADOS A pulverização de candidaturas inviabilizam a eleição de mais gente. A vereadora Délia Razuk, o ex-deputado João Grandão e Barbozinha da Sanesul com chances de se juntar aos favoritos Laerte Tetila e Zé Teixeira e Takimoto.
O fim do ‘Fator Previdenciário’ continua ignorado na campanha presidencial.

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