No Deserto
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Sexta-feira | 16 de Fevereiro de 2018
No Deserto

PALAVRA - Evangelho segundo S. Marcos 1,12-15. 
Naquele tempo, o Espírito Santo impeliu Jesus para o deserto. Jesus esteve no deserto quarenta dias e era tentado por Satanás. Vivia com os animais selvagens, e os Anjos serviam-n’O. Depois de João ter sido preso, Jesus partiu para a Galileia e começou a pregar o Evangelho, dizendo: “Cumpriu-se o tempo e está próximo o reino de Deus. Arrependei-vos e acreditai no Evangelho”. 

MENSAGEM - Estamos no início da QUARESMA. Quaresma é o grande retiro espiritual dos cristãos em preparação da festa da Páscoa. É o coração do ano litúrgico e o cume da fé cristã. Na Igreja Primitiva, na Quaresma fazia-se a preparação próxima do Batismo. As Leituras nos introduzem no caminho da renovação do Batismo e nos chamam à conversão. A 1a Leitura  evoca o Dilúvio, o 1° BATISMO pelo qual todo o Universo teve de passar para que surgisse uma nova criação. (Gn 9,8-15) Começamos a ler a Historia da salvação a partir do episódio do Dilúvio, quando Deus salvou o justo Noé e sua família e
fez a primeira Aliança com a humanidade. Através do dilúvio, Deus purificou a humanidade corrompida.  O Dilúvio foi o grande batismo de todo o Universo, que renasceu das águas para estabelecer uma nova Aliança. E o arco-íris deixado por Deus no céu foi o sinal dessa Aliança, desse abraço entre o céu e a terra, entre Deus e os homens. A 2a Leitura, nos lembra que as águas purificadoras do Dilúvio são imagem das águas purificadoras do Batismo. (1Pd 3,18-22) Pedro interpreta a figura de Noé e do Dilúvio em chave batismal. É uma antiga catequese Batismal da Igreja primitiva. O Evangelho resume as palavras iniciais do ministério de Jesus: “O Reino está próximo. Convertei-vos e crede no evangelho”. (Mc 1,12-15) O episódio das TENTAÇÕES de Jesus no DESERTO, mais do que uma narrativa histórica, trata-se de uma Catequese.  “O deserto”, para os judeus, é o lugar privilegiado do encontro com Deus. Foi no deserto que o Povo experimentou o amor e a solicitude de Deus e foi no deserto que Deus propôs a Israel uma Aliança. Foi também no deserto, que Israel se revoltou contra Deus... Para Jesus o “deserto” é o “lugar” do encontro com Deus e do discernimento dos seus projetos. E é o “lugar” da prova, da tentação de abandonar Deus e de seguir outros caminhos. “Quarenta dias” é um número simbólico, que lembra o tempo da caminhada do Povo no deserto e a experiência de Moisés e de Elias. “Satanás” representa os que se opõem ao estabelecimento do seu Reino. “As tentações”: Marcos não especifica as tentações, mas elas simbolizam as provações que Jesus enfrentou ao longo de toda a sua vida para se manter fiel à missão confiada por Deus. Elas resumem também as tentações de todos nós... A vida de Jesus será uma luta constante de superação até a vitória definitiva na cruz, através da Ressurreição. Da sua opção, vai surgir um mundo de paz e de harmonia. Jesus aparece como o novo Adão, que vence o tentador. Vencendo a tentação, Jesus inaugura a Aliança definitiva, mais importante que a de Noé. Após ser Batizado e ter superado as Tentações no DESERTO, Jesus inicia o seu trabalho apostólico, proclamando: “O Reino já chegou... Convertei-vos e crede no evangelho”. As mesmas palavras, que ouvimos quarta-feira passada ao receber as cinzas e que são um resumo do espírito da Quaresma, que estamos iniciando. QUARESMA é DILÚVIO e DESERTO. É Dilúvio que arranca o pecado e leva a construir a área de Salvação e é Sinal de que Deus está em Paz conosco. É Deserto pela espiritualidade do despojamento, que nos propõe. QUARESMA é CONVERTER-SE e CRER: “Converter-se” é mais do que fazer penitências ou privações momentâneas. É fazer com que Deus seja o centro de nossa existência e ocupe sempre o primeiro lugar. É aceitar e cumprir a Aliança feita nas águas do batismo. É acolher e viver os valores do Reino. “Crer” não é apenas aceitar um conjunto de verdades intelectuais. É aderir à pessoa de Cristo, escutar a sua proposta, acolhê-la no coração e fazer dela o guia de nossa vida. A nossa Quaresma: A Liturgia nos conscientiza da fidelidade de Deus e da necessidade de morrer ao homem velho para ressuscitar com Cristo a uma vida nova. Sinal eficaz desse passo é o Batismo; o caminho é a conversão até a Páscoa. Gesto concreto: O que pretendo fazer nesse tempo sagrado da Quaresma? Planejei gestos concretos: Quais são os momentos especiais de Oração... de Deserto? Qual a minha Penitência quaresmal, proveitosa para mim e agradável a Deus? Quais os atos de Caridade que pretendo realizar? Onde pretendo ser: “um instrumento de Paz?” Esse é o caminho para que a Páscoa aconteça dentro de cada um de nós...  Pe. Antônio Geraldo Dalla Costa - 18.02.2018

NOTÍCIAS DIOCESANAS
Toda sexta feira da Quaresma: Missa às 06,00 na Catedral.
15 -17 fevereiro : Curso de formação para Catequistas (Centro catequético – Catedral).
16 – 18 fevereiro: Encontro de formação da PJ (Emaús).
17 - Encontro diocesano da Pascom (na Cúria).

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