“Um futuro a ser vislumbrado é uma produção que atenda Coxim e municípios vizinhos”
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Quinta-feira | 10 de Setembro de 2015    09h33

“Um futuro a ser vislumbrado é uma produção que atenda Coxim e municípios vizinhos”

Carlos Roberto Sanches é engenheiro agrônomo e gestor de desenvolvimento rural da Agraer de Coxim e se disponibilizou para atender o projeto da Horta Caseira idealizado pelo Diário do Estado. Em entrevista fala sobre suas expectativas mediante o que este projeto pode oferecer para a comunidade.

Fonte: Ana Flávia Dorsa

DE: O que te animou para se disponibilizar para ajudar neste projeto?
Sanches: Esse projeto de horta caseira ajuda sobremaneira na demanda nutricional, tem uma função social muito grande, vai fazer com que as escolas, os alunos comecem a cultivar, conhecer o que é uma horta, como funciona, minerais que ela disponibiliza e também vai fazer as famílias economizarem na alimentação. 
DE: Para quem pretende fazer sua horta e participar do projeto, gostaria que nos explanasse se é difícil fazer uma horta?
Sanches: Fazer uma horta é muito fácil, Coxim tem algumas hortas comerciais que estão se dando muito bem. Para as residências, para as escolas não será nenhum mistério, basta ter vontade. A Agraer está à disposição para orientar, fornecer assistência técnica. O que é difícil é limpar o terreno, mas com as parcerias importantes que agregou o projeto como a Prefeitura isso não será um empecilho. 
DE: Qual a principal dica para quem está começando a fazer sua horta em casa?
Sanches: Primeiro é ter vontade, essa é a parte principal. Tem que trabalhar vai ter que queimar algumas calorias para fazer o canteirinho. Não somos um exponencial para hortifrutigranjeiro, por que aqui o clima é adverso com altas temperaturas e muita chuva em alguns períodos. Basta planejar o que a família vai consumir. É legal se a vizinhança combinasse e até trocassem com os produtos de hortas alheias. Então enquanto um colhe alface, outro cebolinha, mas ambos se forneciam os produtos para o consumo ser mais amplo e todos terem acesso a variedade. Outra dica é que a horta seja orgânica, sem venenos, com controle cultural para que a produção não faça mal à saúde. Não existe em Coxim nenhuma horta completamente orgânica, por que em escala comercial é difícil manter o controle de fungos devido às chuvas ou problemas durante período de seca. Mas no caso de hortas caseiras existem alternativas para produzir sem agrotóxico. 
DE: Quais produtos mais fáceis para se plantar?
Sanches: Sem dúvida são: Alface, cebolinha, coentro e couve. Creio que com a produção parte de nossa cultura vai mudar e assim as pessoas desenvolvam gosto pelo cultivo. Outras variedades com certeza logo aparecerão. 
DE: Para finalizar, qual a importância do projeto na sua opinião e o que tem a dizer àqueles que pretender participar?
Sanches: Peço a população coxinense que avaliem o projeto e participem, não pelos prêmios, mas pelo conhecimento a ser adquirido. Nós precisamos conhecer a terra que nos dá o alimento e respeitá-la. As hortas vão melhorar a gastronomia, a alimentação além de promover a integração da comunidade. Esse projeto é um marco para Coxim se tornar um pólo de hortifrutigranjeiro. Neste projeto vamos ver que algumas pessoas vão se sobressair e se surpreender. 
DE: É possível essas hortas caseiras se tornarem futuramente um novo negócio para algumas famílias?
Sanches: Sim. Quero contar o caso de um senhor daqui de Coxim que em 1 hectare fazia de R$4 a 5 mil reais por mês. Então é um futuro que pode ser vislumbrado para que os novos empresários da produção atendam Coxim e municípios vizinhos que não possuem plantação nenhuma como Pedro Gomes, Rio Verde, Rio Negro Alcinópolis. Hoje, apenas 12 produtores de Coxim estão cadastrados no Penai. As pessoas precisam acreditar nessa ideia e em breve fomentar a Feira Livre, já garantida pela Prefeitura de Coxim. 
DE: Existe demanda para um abatedouro no município?
Sanches: Sim, e muito. Será de grande importância a liberação do selo de inspeção e a instalação do abatedouro. Existe gente com uma boa produção, com frangos de até 5 kgs, porém sem poder abater. Isso é um desperdício. Temos demanda e a necessidade desse abatedouro.

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